quinta-feira, 1 de outubro de 2015


Era uma vez uma cozinha, que abrigava um conjunto de meninas ainda perdidas, que ainda duvidavam do seu futuro próximo, que viviam de sonhos sistemáticos.
Essa cozinha é palco de conversas bizarras, mundanas e sinceras, de debates ecológicos ou desejos sexuais, nela habitam produtos orgânicos, colecções de moedas abandonadas, garrafas vazias a qualquer canto, sonhos e sonhos, é tudo de volta do mesmo.
Queria falar de uma outra cozinha mas não consigo, quando saio estafada do meu trabalho, uma outra cozinha, é nesta que procuro o abraço, o quente, a palavra amiga, é aqui que me apoio no frigorífico e lamento a minha dieta nada rigorosa, cujo cereal vem sempre em estado liquido.
Cozinhas, serão sempre os meus poisos de eleição, serão sempre os melhores lugares para guardar segredos, mesmo se os comeres.

Westgate Street, E8 
London



segunda-feira, 23 de março de 2015

Apaixonei-me.
No dia do meu aniversário recebi a prenda mais apaixonante de sempre.

Parece que o meu coração ainda gosta de namorar.

sábado, 10 de janeiro de 2015


Amor é: o Miles enfiar-se sempre junto ao meu pescoço.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

You don't care about us A música que me lembra o meu primeiro relacionamento, ele cantava-me isto. Se calhar nada mudou e poderiam todos cantar-me a mesma.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Que amar fosse só contemplar, que isso bastasse para encher o peito, que fosse só isso sem tocar, sem amassar ou possuir, que tornasse o cérebro saudável de pensamento fluído e concreto, que conseguíssemos ser sérios. Não, amar não é nada disto, amar é uma noite de sexo, é rir com e despi-lo em cócegas, é sofrer e correr, é ter medo de perder, é o sistema nervoso todo nos dois pulsos, é estar louco e cego, é dar cambalhotas de manhã à noite. É amar.
Se eu soubesse o que é.

O sexo masculino pensa que o feminino é fraco.
Sei que sim. Pensam-nos frágeis e dissimuladas, na verdade, somos um poço de hormonas em ecstasy, somos sim!
O que o sexo masculino não sabe é que com tanta mudança de humor, com tanta dor, com tanto amor, com tanta erupção sistemática, somos a fortaleza real.
Sexualmente falando, os objectos são aqueles que encaixam e não os que se fazem encaixar.


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Isto não é amor Voltei a sonhar, repetidas imagens não me deixam dormir, como se me perfurassem a mente. Não consigo tirar isto da cabeça, sem qualquer controlo deixo-me adormecer quando já é dia.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Eles são um casal. Observo diariamente os seus hábitos, vêem séries e depois a meio, quando metem em pausa, saem os dois para uma divisão que não alcanço. As suas cortinas acetinadas permitem a violação brutal. Eu mantenho os estores verdes antigos que chiam ao abrir e fechar, os gatos gostam. Se calhar adoro observar os outros só porque sim, não porque me interessam, é só porque sim.
São personagens da minha noite solitária.

sábado, 30 de novembro de 2013

Não estou certa de nada, errada com tudo, preocupada nada e triste nem com o pensar.
As histórias de amor acabam quando mal começam, depressa são corrompidas com falsetes desgraçados e possessões venenosas, já chega de esfregar a testa repetidamente, a parede já esfarelou e o meu sangue com ela ficou. Os meus sonhos despedaçaram-se em unhas ruídas e bebedeiras constantes, ficamos por aqui, tenho dito a tempo inteiro e custando ou não, as minhas unhas já estão rentes. Acabou.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

JOHN TALABOT,
EU AMO-TE

20 Dezembro, Lux

Apaixonei-me há umas semanas, ontem perdi o medo e escrevi o meu número de telefone num papel para lhe dar.
Agora estou com outro medo, o da rejeição.
Medo.
Tantos medos e para quê? Dá, tira, volta e gira.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013


domingo, 20 de outubro de 2013

Amar sempre foi fácil, amar uma só pessoa é que se tornou a coisa mais complicada de sempre.
A felicidade está em cada pessoa que te faz sentir bem e isso é o amor mais bonito de todos.

sábado, 12 de outubro de 2013


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Não chorei porque estou triste, não chorei por estar desiludida, não chorei pela minha mãe, não chorei.
Chorei de alegria por ver um Boris Vian no cartaz da Festa do Cinema Francês.

domingo, 9 de junho de 2013

I'm already lost

Último dia de férias Apollinaire à cabeceira e coração destroçado

Não entendo cabeças conservadoras, repletas de desejos castradores e amores psicóticos.
Julgava que amar era deixar-te ser como és e amar-te assim, perdidamente ou não.
Estou certa do meu crescimento neste último ano e a prova disso é não dar-me à morte, amorosamente falando. Faltaste-me ao respeito e como resposta a isso vou manter o meu silêncio dourado, sem dúvida que és doente. Eu não sou de ninguém e nunca serei de ninguém, como ninguém é de ninguém e mesmo tu não serás de ninguém. Sinto-me triste por teres deixado um estigma em mim, por ter sido iludida, até mesmo por acreditar que afinal também existem histórias bonitas. 
Compreendo então que a beleza está num outro sítio, em palavras de outros escritores.

sábado, 8 de junho de 2013

La Belle Personne (2008)

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Pintei o quarto de um azul, verde, marinho, turquesa, piscina, sei lá que cor é aquela, mas é bonita.
Sinto-o fresco e tranquilo.
Tenho uma luz vermelha que tanto me faz lembrar as longas noites em casa do C., onde após o jantar habitual, nos espalhávamos pelo quarto a conversar, fumar charros, beber copos e ouvir Pink Floyd. Este candeeiro super típico e barato faz-me viajar entre recordações e saudades, os cheiros deles ainda vivem no meu nariz, os filmes que víamos juntaram-se aos meus preferidos e principalmente a música que partilhávamos, ainda hoje, me faz muito feliz. Sinto saudades. Como de tudo, como de vocês, nós, todos juntos sob aquela luz vermelha, na mesinha de cabeceira.