Quando o sujeito se deixa aproximar, a sua vulnerabilidade cresce, anseia por atenção que, até então, nunca veio conhecer.
Simão era assim, um tipo pouco encorajado na vida, entediava-se com o acordar e evitava o deitar, sabia o quanto as horas lhe pesavam, ao fim do dia corria durante horas, para que o tempo lhe voasse, chegando a casa, completamente imundo, formava ideias debaixo da água quente, só aí conseguia sonhar, com o possível conforto da sua existência.
Tudo era passageiro, tal como esses banhos, e aí, ao calçar as peúgas velhas e o seu roupão que outrora pertencia a seu pai, Simão se aposentava no sofá, fixava a televisão desligada e em brutos suspiros, clareava tudo o que lhe vinha ao pensamento, nada, era o que ele queria, nada.
Sem sombras de outras existências, nem comia, achava o cozinhar uma treta e o levantar o braço uma canseira. Apenas gemia, contraía-se como se estivesse numa camisa de forças, não permitia que a vida lhe tocasse, jamais.
A sua casa era como se fosse assombrada, pois ocupava apenas uma divisão, a que lhe intitulava divino tormento.
Simão percorreu o corredor e a meio estendeu-se no chão, uma espécie de oração tortuosa, caminhou como se fosse um réptil e chegando à porta, que dava para a rua, murmurou, não quero mais viver, não quero mais ver passar os dias que transformados em anos, que mal dou conta, são inúmeras facas que falham o meu coração, quero antes crer que amanhã vai ser diferente, quero ansiar qualquer coisa, quero sentir o sangue correr-me nas veias e que a água mate a minha sede, quero conseguir mover os olhos e congratular tudo o que me rodeia, mas não, não quero adoecer.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
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sábado, 10 de janeiro de 2015
Limitações de cordões,
Colorações de embriões,
Paixões de ilusões,
Correcções de foguetões,
Colhões de lições.
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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
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sábado, 11 de janeiro de 2014
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domingo, 20 de outubro de 2013
As pessoas estão a ficar malucas, estão a perder a noção, a credibilidade e a moral.
Estão loucas!
Viajam em grandes ideias que eu não sei onde nascem, mas evoluem com uma velocidade estonteante.
Que loucura, a que vejo!
A que fotografam, tudo exposto assim como se eu me interessa-se pela vossa loucura.
Não, seus loucos!
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quinta-feira, 27 de junho de 2013
Já me pesa tudo. Ser, fazer e ter este blog.
Talvez esteja a ficar velha, talvez esteja incapaz de estar muito tempo ao computador sozinha, sem nada para fazer. Talvez esteja farta de qualquer coisa, como sempre, talvez.
Mas olhem, pesa-me muito. O meu corpo frágil já pede descanso, os meus pés estão fétidos há horas e fiquei vidrada nos mosquitos mortos na minha parede. Olhem, estou farta.
Quero cada vez mais pronunciar menos palavras e é isto.
Afogo-me em momentos, quero lá saber do pensamento.
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domingo, 9 de junho de 2013
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terça-feira, 23 de abril de 2013
Deixem-me ser triste
Deixem-me estar contente
Deixem-me sofrer e deixem-me rir,
Intemporal e temperamental.
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sexta-feira, 5 de abril de 2013
Saí pela manhã à busca de fitas.
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terça-feira, 2 de abril de 2013
O meu tio Ricardo e o meu tio Márcio fizeram-me super feliz ontem. Ofereceram-me esta máquina de escrever.
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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
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domingo, 28 de outubro de 2012
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terça-feira, 16 de outubro de 2012
As pessoas são uma merda.
Isso já eu sei há muito tempo.
Os teus amigos.
Esses imbecis.
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segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Porque vives debaixo das luzes que cantam e da energia dos outros?
Deixa-te disso, infelicidade.
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quarta-feira, 26 de setembro de 2012
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segunda-feira, 24 de setembro de 2012
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sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Porque no meu bairro há um rio,
De dia imenso, de noite deserto.
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sábado, 21 de julho de 2012
Verão diferente, verão ausente
Em que se esconde a vontade pouca
Veremos em vão, porque o tempo voa.
Postado por Rrose às 14:37 0 comentários
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