terça-feira, 16 de agosto de 2011

Decidi viajar para bem longe. Há muito que esperava por este descanso merecido. Agora sem o Joaquim estou livre para experimentar uma outra vida. Apanhei o autocarro com destino indefinido e ao entrar reparei de imediato no senhor ao fundo, usava chapéu de palha e uns enormes óculos que lhe compunha uma face de idiota. Ao sentar-me junto a ele arrebitei a saia e sorri-lhe descaradamente. Chamo-me Rosa, disse-lhe eu. Francis, respondeu-me enquanto o seu luminoso dente de ouro me sorriu. Senti naquele momento uma grande hipótese de puro divertimento. Conversámos durante horas e trocámos gestos, algumas carícias e principalmente promessas de felicidade. A ingenuidade vivida naquele autocarro já bastava para uma mulher como eu.
Desci com Francis numa aldeia de nome brusco, estava repleta de mediocres casas onde o castanho predominava. Estávamos prestes a viver uma história de amor. Cedi ao seu encanto de meia idade e ele à minha profunda carência vestida de simpatia. Ficámos na residencial mais próxima e no melhor quarto com vista para o mar. Depois de instalados aproximei-me da janela e pensei em toda aquela paixão irónica. Francis agarrou-me por trás e beijou-me a nuca, respirava exaustivamente sobre o meu corpo e excitei-me como há muito não me excitava. Os nossos corpos cairam ali mesmo naquela carpete verde. Vibrávamos em conjunto enquanto as nossas mãos prendiam todas as partes do nosso corpo. A boca dele sugou o meu sexo e eu gritava por mais velocidade. Queria aquele prazer para sempre! O pénis do Francis tinha uma particularidade generosa, bastava senti-lo a roçar na minha vagina que suspirava constantemente. Agarrei-o com toda a minha força e obriguei-o a penetrar-me indelicadamente, enquanto ele gemia e cuspia, cada movimento bruto transformava-se em pingas de suór, fluídos sexuais e trocas de palavras ordinárias. Senti o poder do prazer! Vim-me de um modo explosivo sob Francis e minutos depois o seu esperma projectou-se dentro de mim. Deixei-me ficar deitada sob a àspera carpete numa respiração serena, Francis olhava-me directamente e o brilho do seu dente ofuscava-me, então pedi-lhe para se virar e enconstar-se ao meu peito suado.

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