sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Nunca pensei chegar a isto: cremes no focinho, vinho ao lado, claro, poemas no ouvido porque já me cansam a vista, pés esticados, ardem-me queimaduras pelos braços e cortes pelos dedos. Não queria nada disto quando pensava no futuro, sim, no. Por que motivo ainda focam a vida em certezas? Por que não pode ser tudo como é, aceitar a dúvida, o desespero do erro, do acaso enganado. Foda-se, queimo-me e corto-me, isso é contínuo mas também posso morrer atropelada.

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