terça-feira, 21 de março de 2017

Curioso como escrever saiu da minha vida, como um caralho que sai da cona. Tão rápido.
Curioso também como volto aqui, porque me sinto só e aqui estou em casa.
Casa, essa coisa em que tiras as meias e te peidas, e estás só.
Foda-se, perdi demasiado tempo com nada, Conto os dias em que não bebo e a soma é negativa, de um modo pareço bem sentindo-me mal, de um outro mal e estando bem sem querer.
Eu só queria estar sozinha, acho que ainda quero, vou querendo, estando.
Filhos da puta, isto dói.
É por isto que nos incutem relações seguras? Sacrifício do eu em prol do futuro solitário? Filhos da puta.
Vai lá queimar as mãos, luta como quem queima os pés, luta como quem voa precisando de mais.
(se não precisares, posso dar-te como morto)
Foda-se, isto dói mesmo.
Se calhar devia extinguir o passo e dedicar-me à desilusão, pintar mapas existenciais com demónios cheios de emoção.
Se calhar, devia mesmo fugir.
Outra vez.

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